quarta-feira, 28 de julho de 2010

Hipertensão Pulmonar

          Como se sabe, a hipertensão arterial não é o único tipo existente,  e hoje, depois de estudar sistema respiratório para  a aula de histologia, achei interessante falar um pouco sobre a hipertensão pulmonar, ela não é nada mais , nada menos do que a elevação da pressão sanguínea  nas artérias que levam o sangue do  ventrículo direito (lado direito do coração) para os pulmões, assim possibilitando a hematose, mais comumente chamada de troca de gases- onde o sangue recebe oxigênio para irrigar os tecidos.

          Esse sistema de vasos sanguíneos nos pulmões é chamado de circulação pulmonar e está separado parcialmente separado  do  restante do organismo ou circulação sistêmica. É por isso que as vezes a pressão dos vasos sanguíneos pode estar elevada na circulação pulmonar e  normal na circulação sistêmica, e vice-versa. . Quando a pressão sanguínea dentro das artérias pulmonares está elevada, o ventrículo, a  fim de ser oxigenado tem de bombear sangue com maior força para levá-lo para dentro dos pulmões.

          Lembrando que quando os médicos medem a pressão nos nossos braços, estão medindo a pressão da circulação sistêmica, e não da pulmonar, portanto  ela é mais dificilmente detectada.

          A causa exata da hipertensão pulmonar  ainda não está bem estabelecida, embora deva estar associada aos mesmos processos que causam danos aos pequenos vasos sanguíneos da circulação sistêmica. "As células endoteliais dos vasos sanguíneos são danificadas e levam à excessiva produção de fibras colágenas e sua deposição nas paredes dos vasos sanguíneos. Este processo leva à rigidez dos vasos sanguíneos, e os músculos que auxiliam na constrição dos vasos sanguíneos podem se hipertrofiar, acarretando uma constrição excessiva." Outros pacientes podem ter hipertensão pulmonar por apresentarem significativa fibrose pulmonar - cicatrização gradual dos alvéolos que vão sendo substituídos por fibras, levando assim a uma perda da capacidade do pulmão de transferir oxigênio para a corrente sanguínea , o que, por sua vez, pode causar um aumento reflexo da pressão sanguínea na circulação pulmonar e falta de ar nos exercícios.

         Com relação aos sintomas, pacientes com hipertensão pulmonar leve podem não apresentar sintomas. Já os  com hipertensão pulmonar moderada à grave, geralmente se queixam de dificuldade de respirar  (falta de ar), especialmente após exercícios, dores torácicas atípicas  ou ainda  sintomas de insuficiência cardíaca direita - ocorre quando as contrações musculares do ventrículo direito não são mais fortes o suficiente para bombear sangue através das rígidas e espessadas artérias pulmonares. A musculatura do ventrículo direito se torna mais grossa, e dilata-se à medida que o coração vai entrando em falência." O sangue que normalmente seria bombeado do lado direito do coração para dentro dos pulmões então retornaria para o resto do corpo. O paciente então passaria a apresentar piora da falta de ar, associado a edema dos pés, do abdome e das veias do pescoço."

          Indícios de que possa ocorrer hipertensão pulmonar podem ser captados pelo médico se o paciente apresenta uma história de falta de ar e através dos sinais físicos de que o lado direito do coração  possa estar trabalhando mais do que o normal. No entanto, as alterações no exame físico cardíaco não são sensíveis o suficiente para estabelecer o diagnóstico definitivo de hipertensão pulmonar." Um indício de que o paciente possa estar com hipertensão pulmonar é uma redução na capacidade de difusão de monóxido de carbono na prova de função pulmonar. A capacidade de difusão mede a habilidade do gás se mover a partir do ar, através do tecido pulmonar e da parede dos vasos sanguíneos, para o sangue. Se a capacidade de difusão é menor que 50% do seu valor preditivo, é um forte indício de que possa haver hipertensão pulmonar. O teste mais comumente usado para diagnosticar hipertensão pulmonar é o ecocardiograma. Este pode estimar com segurança a pressão na artéria pulmonar, de uma forma não invasiva. Algumas vezes, o médico pode solicitar um cateterismo cardíaco para medir a exata pressão das artérias pulmonares. Este teste invasivo deverá ser realizado caso o seu resultado for mudar o tratamento que o paciente deverá receber. Em muitos pacientes, está claro que há hipertensão pulmonar, e o tratamento deve ser instituído sem a necessidade do paciente realizar um cateterismo cardíaco."

          Para medidas de tratamento, primeiro é necessário que o médico determine se a hipertensão pulmonar está ou não associada à doença pulmonar intersticial ou esclerose sistêmica, já que nesses casoso o quadro pode ser agravado e mais perigoso." Testes de função pulmonar são úteis. Se existe dúvida quanto à atividade inflamatória nos pulmões , então o médico deve solicitar um estudo do lavado broncoalveolar para confirmar se a inflamação pulmonar está presente. Se a inflamação pulmonar estiver presente, o médico deve tratá-la para prevenir a piora da hipertensão pulmonar."
          Em pacientes com hipertensão pulmonar não associada à esclerose sistêmica, dois tratamentos têm apresentado bons resultados : oxigenioterapia ( administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio)  e anticoagulação( farmacos usados para evitar trombos). Os níveis de oxigênio em repouso e após os exercícios devem ser medidos; se estiverem baixos, a oxigenioterapia deve ser iniciada. A decisão de iniciar uma anticoagulação deve ser realizada de comum acordo entre cada paciente e seu médico. Se ocorre insuficiência cardíaca direita, uma variedade de medicamentos pode ser utilizada: bloqueadores de canais de cálcio  - utilizados para promover dilatação das artérias pulmonares a fim de diminuir a pressão sanguínea na região e tornar mais fácil o trabalho de bombeamento do coração. Diuréticos podem ser usados para remover o edema gerado pela insuficiência cardíaca .

          "Tratamentos experimentais estão sendo testados na hipertensão pulmonar. Atualmente, um trabalho de pesquisa está avaliando os efeitos de uma droga chamada prostaciclina sobre a hipertensão pulmonar na esclerose sistêmica. Caso esta droga se comprove melhor que o placebo na diminuição da pressão pulmonar, poderá tornar-se disponível para outros pacientes com esclerose sistêmica. Se a hipertensão pulmonar tornar-se muito grave, com risco de vida, deve-se considerar a possibilidade da realização de um transplante de pulmões."


Referências Bibliográficas:

Acessado em: 28 de julho de 2010
          - Panfleto da Scleroderma Foundation, elaborado com o auxílio da Dra. Barbara White (University of Maryland, Baltimore – EUA); tradução do Dr. Percival D. Sampaio-Barros (UNICAMP).

Acessado em: 28 de julho de 2010


Postado por: Catherine Zilá Ferreira



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Praticar sexo pode ajudar a controlar a hipertensão?

     Embora eu não tenha encontrado nenhum artigo científico que comprove a relação entre esses dois elementos, encontrei uma reportagem publicada na revista "ÉPOCA", que, de forma inusitada, responde à essa pergunta.


     Em uma reportagem de capa, que diz: "O Ministério da Sáude recomenda: Faça Sexo", esta revista relatou um acontecimento ocorrido no lançamento da campanha nacional de combate à hipertensão no dia 3 de maio de 2010 em Brasília, as consequências de tal fato e entrevistas com diversos casais que comprovam o tema da reportagem.
     Bom, vamos ao que interessa. A matéria começa com uma frase totalmente inesperada do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que dizia: "Dançar faz bem para reduzir a hipertensão. E fazer sexo também. Além de cinco porções diárias de frutas, legumes e verduras, transar cinco vezes por dia." Porém, titubeou com essa última declaração e logo se corrigiu: "Não, isso não me parece razoável. Por semana, seria melhor." Apesar do clima de humor criado por Temporão, o evento tratava de um assunto muito sério e ao longo da discussão comprovou-se, de certa forma, a importância da relação sexual para a saúde, inlcusive quando o assunto é hipertensão.
    


     A parte mais interessante da reportagem é a que diz que pesquisas científicas, embora incompletas, e observações de médicos sugerem que o sexo afeta positivamente uma grande variedade de funções do organismo, como: a melhoria da pele, o combate ao estresse e a redução da sensibilidade à dor. E, diante de vários casos entre casais do mundo inteiro, um, em especial me chamou atenção, por se tratar de um casal de São Paulo, Gino e Celina, que faz sexo três vezes por semana contra a hipertensão dele.
     Ainda falando do casal citado acima, Gino, de 48 anos, diz ter comprovado a eficácia desse "método", pois sofre de hipertensão desde os 37 e assim que recebeu o diagnóstico largou o cigarro, tirou o sal da comida, aderiu à prática de exercícios e mesmo assim teve que utilizar anti-hipertensivos. Há cinco anos sua pressão está controlada , oscilando entre 12 por 8 (o normal) e 13 por 9 (pré-hipertensão) devido aos exercícios de corrida e musculação, mas Gino está convencido de que sua melhor atividade é o sexo, que deixa o casal relaxado e controla o estresse em ambos.
     O cardiologista Nabil Ghorayeb, chefe do Departamento de Cardiologia do Esporte do Hospital Dante Pazzanese, em São Paulo, deixou a mensagem para o casal e claro, para todos os leitores da revista: "Sexo alivia o estresse e reduz a pressão arterial, por isso faz bem ao coração. Mas só sexo não adianta." E ainda afirma que um hipertenso que toma remédio controlado pode praticar sexo sem medo, caso contrário, a pressão arterial de um homem de 50 anos, com sobrepeso e hipertensão sem tratamento, pode chegar a 26 por 11 durante a relação sexual.   
     No entanto, é visível a preocupação da reportagem com relação à comprovações científicas altamente embasadas que tratam do sexo e de sua influência na saúde das pessoas. Sendo assim, a revista deixa bem claro que já existiram diversas pesquisas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos que comprovaram os benefícios ocorridos na vida de casais que têm uma vida sexual ativa. Porém, não é possível afirmar que a relação sexual seja a causa de tudo isso, deixando um dilema que diz mais ou menos assim: pessoas com menos problemas de saúde é que fazem mais sexo, ou pessoas que fazem mais sexo possuem menos problemas de saúde? Eis a questão...
     E então, qual seria a conclusão de toda essa polêmica? Segundo a revista "Época", estimular o sexo seguro é um bom recurso para conter o avanço da hipertensão, tendo em vista levantamentos do Ministério da Saúde, o número de adultos que receberam diagnóstico de hipertensão subiu de 21,5%, em 2006 para 24,4%, em 2009. As principais causas da doença são o consumo excessivo de sal (mais de 6 gramas por dia), o sobrepeso, o estresse, o tabagismo, a ingestão de álcool, o diabetes e o histórico familiar. A hipertensão se sobressaiu, sendo responsável por 80% dos casos de derrame, 40% dos infartos, 40% dos casos de insuficiência cardíaca e 37% das insuficiências renais. E, além de não apresentar sinal, a hipertensão precisa de um tratamento contínuo, o qual é um problema cultural para os brasileiros, que tem o péssimo hábito de abandonar o tratamento quando a pressão volta ao normal. Portanto, a abordagem da doença pelo lado do sexo, que é uma terapia prazerosa e menos intrusiva, pode conquistar a atenção dos doentes. Pelo menos, é o que esperamos. 
      
     Abaixo estão algumas curiosidades "bioquímicas" trazidas pela revista, que explicam "como o sexo mexe com seu corpo":


  • As glândulas suprarrenais que ficam sobre os rins, liberam adrenalina no sangue e isso aumenta a frequência cardíaca e estimula a circulação;
  • Quando a pessoa fica excitada, as células dos genitais liberam óxido nítrico, o que favorece a dilatação dos vasos sanguíneos e aumenta o fluxo de sangue;
  • Nesse ciclo o cérebro libera endorfina (hormônio capaz de aliviar a dor) e oxitocina (que fortalece o vínculo afetivo) e após o orgasmo libera serotonina (responsável pelo bem-estar).





Referência Bibliográfica: Revista Época; Maio de 2010, Editora Globo.

Postado por: Larissa Figueiredo

domingo, 25 de julho de 2010

"Sucos de grapefruit, laranja e maçã alteram a eficácia de remédios"

     Folheando a revista "Saúde! é vital", encontrei uma reportagem que falava do perigo em misturar plantas e remédios.
     Um artigo publicado por cardiologistas da Clínica Mayo, nos Estados Unidos trata de um fenômeno comum entre americanos e brasileiros. Muitos tomam medicamentos para controlar o colesterol ou a pressão e também faz uso de fitoterápicos com esse ou outros fins terapêuticos. "O problema é que eles podem interagir, diminuindo ou exagerando a ação das drogas, além de ampliar os efeitos adversos", diz Arshad Jahangir, um dos responsáveis pelo levantamento que apresentarei em seguida. "É preciso estar atento a esses riscos e consultar um especialista antes de tomar fitoterápicos", recomenda.
  • Erva-de-São-João + remédios para pressão, colesterol e aritmia = redução do efeito das drogas e aumento da possibilidade de derrames.


  • Suco de Grapefruit + estatinas, anti-hipertensivos = dores musculares e danos ao fígado, queda da pressão.
     Pesquisando mais a respeito do assunto, encontrei artigos que afirmavam o mesmo. A substância naringina, que dá o sabor amargo à grapefruit, bloqueia o transportador OATP1A2 de remédios com fexofenadina, que acabam tendo a absorção no intestino delgado prejudicada.
     David Bailey, professor da Universidade de Western Ontário, no Canadá, há vinte anos descobrira o contrário. Anteriormente, acreditava que o suco da grapefruit impedia que uma enzima participasse da decomposição do medicamento e, portanto, facilitava sua absorção e seus efeitos.
     Além da grapefruit, a laranja e a maçã também prejudicam a absorção de betabloqueadores de infartos e hipertensão, como o atenolol e celiprolol. 
                                                           

Referências: Revista Saúde! é vital; Março de 2010, página 32.
"Sucos de Grapefruit, laranja e maçã alteram a eficácia de remédios". Disponível em: www.sidneyrezende.com/noticia/17148+sucos+de+grapefruit+laranja+e+maca+alteram+a+eficacia+de+remedios. Acessado em 25 de julho de 2010.
"Sucos de laranja, maçã e grapefruit podem reduzir a eficácia dos medicamentos". Disponível em: essenciaquimica.blogspot.com/2008/08/sucos-de-laranja-ma-e-grapefruit-podem.html. Acessado em 25 de julho de 2010.

Postado por: Luciana Missagia.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Alimentação do Hipertenso

     Esse é o segundo panfleto ao qual me referi no post anterior, um dos quais encontrei no Posto de Saúde. Como a imagem dificulta a compreensão do que está escrito, irei novamente trascrever os aspectos mais relevantes.

  • "Diminuir o uso de sal no preparo dos alimentos. Não colocar o saleiro na mesa. Prefira temperos naturais: cebola, alho, cheiro verde, limão, pimentão, tomate, colorau, açafrão, etc.

  • Evite bebidas alcoólicas, café, chá preto e chá mate. Prefira chá de erva-doce, capim santo, hortelã, erva cidreira, camomila, etc."

 
     "Evite alimentos que aumentam a pressão arterial: carnes defumadas e salgadas, salsicha, linguiça, chouriço, salame, presunto, bacon, toucinho, caldo e extrato de carne, picles, azeitonas, temperos prontos e molhos industrializados, enlatados (conservas), salgadinhos tipo cheeps.
     Alimentos de uso moderado: Leite (até 2x por dia; carne bovina, frango, peixe: 1 ou 2x por dia; pães e biscoitos água e sal: até 2x ao dia; feijão: 2x por dia; ovo: 1 unidade, 2x por semana em substituição a carne;"
     Este guia apresenta também algumas opções de alimentos que podem ser usados como substitutos dos mais ingeridos:

"Pão (50g) - 1 unidade ---> pão de forma (2 fatias), torrada (6 unidades), biscoito sal (6 unidades), cuscuz (1 fatia média ou 4 colheres de sopa); tapioca ou beiju (1 unidade pequena); pipoca (1 saco pequeno); cereais (4 colheres de sopa).
Leite (150 mL) ---> queijo frescal (1 fatia); iogurte ou coalhada (1 copo americano); requeijão cremoso (4 colheres de sopa); leite de soja (4 colheres de sopa).
Arroz: macarrão, batata inglesa, batata doce, mandioca, cará, inhame, farinha de milho, angu, pirão.
Carnes: boi, frango, peru, peixes, fígado, coração, miúdo de frango, ovo. Dando preferência as carnes magras (assadas, grelhadas ou cozidas)."

Referências: Esse folder foi elaborado pela Dr. Helena Costa (Nutricionista) e Elisângela Souza (estagiária de Nutrição)

Postado por: Luciana Missagia

Alimentação x Hipertensão

     Ontem fui a um Posto de Saúde vacinar e enquanto aguardava minha vez, vi um cartaz à respeito da hipertensão arterial, alertando os portadores que, apesar de não haver cura para tal doença, ela pode e deve ser controlada.
     Resolvi, então, perguntar aos funcionários se havia mais algum tipo de material que tratasse da hipertensão arterial, e encontrei 2 panfletos que se destinavam a mostrar à população quais alimentos devem ser consumidos em moderação e quais trazem benefícios significantes à saúde.
     Digitalizei-os para mostrá-los a vocês, porém, como a imagem fica pequena após a postagem no blog, dificultando a leitura, vou escrever em seguida as informações de maior relevância.

"Dicas para uma vida mais saudável:

  • Mantenha o peso adequado;

  • Não leve o saleiro para a mesa

  • Evite doces e frituras;

  • Leia atentamente os rótulos dos alimentos observando o teor de sódio;

  • Prefira alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados;

  • Faça exercícios regularmente sob orientação de um profissional.
Exercício físico x Hipertensão:
 Os exercícios são um grande aliado no combate e prevenção da hipertensão arterial. Além de proporcionar bem-estar físico e mental e controlar o peso, reduz riscos cardiovasculares através da diminuição do colesterol e melhora no perfil glicêmico.


"Controle da Hipertensão:

  • Livre consumo: hortaliças (alface, agrião, acelga, salsa, chicória e rúcula), legumes e frutas.

  • Modere: leite, carne bovina, frango e peixe.

  • Evite: presento, salsicha, mortadela, bacon, linguiça, carne seca, peixes processados (atum, sardinha ou bacalhau), sopas, molhos, temperos e salgados industrializados, vegetais em conserva ou enlatados e refrigerantes.
Substitua o sal por temperos mais saudáveis:

  • Arroz ---> cominho, cebola, alho e salsa

  • Carne bovina ---> salsa, cebolinha, alho, cebola, pimenta, vinho, vinagre, alecrim, orégamo, louro e manjericão

  • Aves e peixes ---> louro, gengibre, vinagre, limão, açafrão, salsa, cebola, alho, cebolinha, alecrim, gergelim, cominho, páprica

  • Porco ---> mostarda crua e maçã desidratada

  • Hortaliças cozidas ---> alho, cebola, salsa, cebolinha, pimentas, pimentão, alecrim

  • Massas ---> manjericão, orégano, alho e páprica."
Referências: Esse guia foi elaborado pela Nutricionista Helena do Socorro Neves Costa e pelas estagiárias de Nutrição Luana Lady da S. Siqueira, Tanya Costa, Wanderléia Alves

Postado por: Luciana Missagia

quinta-feira, 22 de julho de 2010

"A hipertensão arterial sob o olhar de uma população carente"

     


     Tratar de um assunto que está presente na vida de grande parte da população, como a hipertensão, nos faz pensar como cada indivíduo interpreta e lida com tal situação. Sendo assim, no meio de tantas pesquisas sobre os índices, as influências e os fatores de risco que cercam a tão temida hipertensão arterial, encontrei uma pesquisa que me chamou a atenção, pois relata conhecimentos, atitudes e comportamentos para hipertensão arterial entre adultos de baixa renda e as razões que norteiam as suas atitudes com relação aos fatores de risco comportamentais.
     Partindo da pesquisa feita em uma comunidade situada no Ceará, relatou-se como fatores de risco comportamentais: o tabagismo, o hábito de ingerir bebidas alcóolicas, a ingestão de gorduras e sal na dieta e a prática de exercícios físicos. Com isso, verificou-se que o fator mais relevante foi a ingestão de sal e gorduras na dieta devido à três fatores principais:
  • o fator econômico, que impede a liberdade de escolher o alimento mais adequado e consequentemente mais saudável;
  • o aspecto emocional ligado ao prazer em degustar determinados alimentos     
  • e os hábitos alimentares enraizados na vida desses sujeitos.
     Então, concluiu-se que apesar de ser pouco favorecida economicamente, essa comunidade apresentou conhecimento em relação à hipertensão arterial devido à vivências no próprio corpo, em membros da família ou no ambiente onde vivem, mas por outro lado possuem privações financeiras, de serviços públicos e infra-estrutura para moradia que dificultam a adesão a um estilo de vida saudável. Além disso, relatou-se que as razões determinantes para o comportamento destas pessoas estão ligadas a emoções, questões sociais e econômicas, e que as mudanças nas suas atitudes representam o abandono de alguns prazeres para lutar por sobrevivência em condições de vida de pobreza.
     Por fim, esse estudo solicitou uma possível solução para o controle da hipertensão arterial na saúde pública, visando principalmente a capacitação de indivíduos e comunidades, considerando o sujeito em seu ambiente, sua compreensão e significações sobre a realidade em que está inserido. Esses aspectos citados anteriormente são considerados fundamentais para o desenvolvimento de uma postura crítica diante dos seus problemas de saúde, com capacidade de exercer controle sobre si mesmo e sobre o ambiente em que vivem.

Referências:




  • "A hipertensão arterial sob o olhar de uma população carente: estudo exploratório a partir dos conhecimentos, atitudes e práticas". Disponível em: www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102-311X2004000400023&script=sci_arttext&tlng=es. Acessado em 03 de julho de 2010.

Postado por: Larissa Figueiredo

Hipertensão na Gravidez





A gravidez é um processo complicado: ocorre o crescimento de um ser geneticamente diferente dentro do útero da mãe que, entretanto, não é rejeitado. Isso ocorre pois existe uma série de mecanismos imunológicos que ocorrem no interior do útero com a finalidade de proteger mãe e filho. A placenta, componente destes mecanismos, é um tecido que faz a conexão entre o feto e a mãe e através da qual há trocas gasosas e de nutrientes essenciais para o desenvolvimento do feto. Entretanto, em alguns casos, essa interação através da placenta é desastrosa, provocando uma resposta imunológica da mãe contra os tecidos fetais. Muitas vezes essa reação imunológica agride as paredes dos vasos sanguíneos, provocando uma vasoconstrição. Para vencer a resistência dos vasos contraídos, o coração é obrigado a bombear o sangue com mais força e a pressão arterial aumenta, ocasionando a hipertensão.

A hipertensão é a principal complicação na gravidez e a maior causa de mortalidade materna. Define-se hipertensão na gravidez níveis pressóricos iguais ou superiores a 140x90mmHg ou um aumento de 30mmHg e 15mmHg nas pressões sistólicas e diastólicas, respectivamente. Existem quatro formas distintas de hipertensão que podem complicar a gravidez: pré-eclâmpsia/eclâmpsia, hipertensão crônica, pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica e hipertensão gestacional.

Darei enfoque maior à primeira forma citada acima, pois é a mais comum e oferece grande risco à mulher grávida e ao feto.

Pré-eclâmpsia/eclâmpsia: doença hipertensiva específica à gravidez humana. Neste caso, quando a mulher engravida, sua pressão, que era normal, sobe. Terminada a gravidez, porém, o problema desaparece. Além disso, é acompanhada por outras características: proteinúria (perda de proteínas na urina), edema generalizado e, às vezes, alterações da coagulação e da função hepática. Ocorre, após o quarto ou quinto mês, e sua evolução é imprevisível, mesmo quando a pressão está levemente elevada, representando grande risco para a mãe e o feto. A pré-eclâmpsia pode progredir para eclâmpsia (convulsão), que é quando a pressão aumenta muito e, em decorrência disso, diminui o fluxo de sangue que vai para o cérebro. A ocorrência desta forma mais grave pode ser evitada antecipando-se o parto, ou seja, na iminência de um quadro grave, não se espera as 40 semanas de gestação. A gravidez é interrompida e a mulher estará curada, pois a interrupção da gravidez é considerada a única forma de cura efetiva da pré-eclâmpsia.

Hipertensão Crônica: este caso se refere a mulheres que apresentam hipertensão antes da gravidez ou do quarto mês gestacional. Também pode ser considerada hipertensão crônica o aumento de pressão diagnosticado em qualquer fase da gravidez e que persiste além de seis semanas após o parto. A grande maioria das mulheres com hipertensão crônica na gravidez apresenta discreta elevação da pressão arterial e, portanto, os riscos de complicações vasculares durante a gestação são pequenos. O grande problema neste caso é o de desenvolver pré-eclâmpsia superajuntada, pois pacientes com hipertensão crônica têm maiores chances de desenvolver esta outra forma de hipertensão que pode complicar a gestação.

Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica: ocorre quando a mulher é hipertensa e ainda desenvolve pré-eclâmpsia durante a gravidez. Neste caso, o prognostico para a mãe e o feto é pior do que qualquer uma das condições isoladamente.

Hipertensão gestacional: é quando ocorre elevação da pressão arterial durante a gravidez ou nas primeiras 24 horas após o parto, sem outros sinais de pré-eclâmpsia ou hipertensão crônica.

Diante disso, podemos perceber o quanto é importante ter um acompanhamento médico durante toda a gestação. Várias doenças podem ocorrer durante este período e a maioria delas pode ser evitada se for diagnosticada precocemente, como é o caso da eclâmpsia. No Brasil, a taxa da mortalidade materna é uma das piores do mundo, e isso se deve ao fato de que grande parte das mulheres grávidas não faz o pré-natal corretamente.

Nas minhas pesquisas, encontrei também este vídeo sobre a hipertensão na gravidez. É uma entrevista conduzida pelo Dr. Drauzio Varella, na qual o Dr. Galleta fala sobre este assunto. O vídeo apresenta, de forma simples, aspectos como as recomendações para as pacientes com pré-eclâmpsia, as mulheres mais vulneráveis à hipertensão, o risco de reincidência, características e sintomas, entre outros.











Referências:


“Hipertensão e Gravidez” Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/9-3/hipertensaogravidez.pdf Acessado em 22 de julho de 2010
“Eclâmpsia e pré-eclâmpsia” Disponível em: http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/782/eclampsia-e-pre-eclampsia Acessado em 22 de julho de 2010
“Dr Drauzio Varella (Unip-sp) e Dr Galetta: hipertensão na gravidez” Disponível em: http://video.google.com/videoplay?docid=-4586436651446552704# Acessado em 22 de julho de 2010



Postado por: Bruna Lira Mareth


Sistema Renina - Angiostensina

          Nesta segunda-feira tivemos uma aula de histologia muito interessante a respeito do Sistema Urinário, e um dos detalhes da aula me chamou a atenção, pois se relacionava com a hipertensão.

          Como se sabe o  aparelho urinário é formado pelos dois rins,os dois ureteres, a bexiga e a uretra. Essa urina é produzida nos rins, e tem uma função de regulação da homeostase, pois é através dela que são eliminados diversos resíduos metabólicos, água, eletrólitos e não eletrólitos que estão em excesso no meio interno. No entanto além dessa função reguladora, os rins secretam hormônios, e o que mais nos interessa é  a renina, pois ela participa da regulação da pressão sanguínea.

          Nos rins existem os chamados corpúsculos renais ou néfrons, são eles os principais filtradores de sangre, são eles que impedem , em estado normal, que substâncias necessárias ao corpo sejam eliminadas através da urina.Cada um tem  um pólo vascular-por onde penetra a arteríola aferente e sai a arteríola eferente. E um pólo urinário, onde tem início as estruturas relacionadas a reabsorção de substâncias composta pelo tubo contorcido proximal, alca de Henle, tubo contorcido distal, e uma estrutura a aparte o tubo coletor,entretanto, não vamos entrar em detalhes.

          O que importa disso tudo é o chamado aparelho justaglomerular e sue sistema renina - angiotensina. Próximo ao corpúsculo renal, existem células modificadas com  o  citoplasma cheio de grânulos de secreção, essas são as células justaglomerulares. Esses grânulos participam da regulação da pressão do sangue pois são  secretores de proteínas, e produtores de uma enzima - Renina,  ela não atua diretamente, mas aumenta a pressão arterial e a secreção de aldosterona (hormônio da glândula adrenal) por  ação do angiostensinogênio ( globulina do plasma produzido no fígado). Assim a renina libera um decapeptídeo: angiotensina I - produzida no rim, tem dois aminoácidos removidos por ação de uma enzima plasmática, tornando-se a angiotensina II, essa tem a propriedade vasoconstrictora, o que aumenta a pressão sanguínea e a secreção de aldosterona, essa por sua vez inibe a excreção de sódio pelos rins.
          Logo a deficiência de sódio(Na+) é um estímulo para a liberação da renina, que acelera a secreção de aldosterona, que vai inibir a excreção de Na+. Inversamente, o excesso de sódio no sangue inibe a secreção de renina, que inibe a produção de aldosterona, o que aumenta a excreção de sódio pela urina.

         O Aparelho justaglomerular tem um importante papel no controle do balanço hídrico - a água é retida ou eliminada junto com o sódio, e portanto do equilíbrio iônico. E  devido a angiotensina II, e sua capacidade vasoconstrictora é uma influencia na pressão arterial. Na realidade, chama-se esses sistema de hormônio de sistema Renina -Angiostensina.

         A Ação desse sistema sobre os túbulos distais, aumenta a absorção de sódio e cloreto, causando o aumento do volume do sangue e a pressão arterial, logo podendo evoluir para uma hipertensão, casa haja um excesso de sódio, o que aumentaria a secreção de renina.

"Disfunção endotelial                            

          Novos estudos demonstraram o envolvimento do endotélio na conversão da angiotensina I em angiotensina II, na inativação de cininas e na produção do fator relaxante derivado do endotélio ou óxido nítrico. Além disso, o endotélio está envolvido no controle hormonal e neurogênico local do tônus vascular e dos processos homeostáticos. Também é responsável pela liberação de agentes vasoconstrictores, incluindo a endotelina, que está envolvida em algumas das complicações vasculares da hipertensão.

          Na presença de hipertensão ou aterosclerose, a função endotelial está alterada e as respostas pressóricas aos estímulos locais e endógenos passam a se tornar dominantes. Ainda é muito cedo para determinar se a hipertensão de uma forma geral está associada à disfunção endotelial. Também ainda não está claro se a disfunção endotelial seria secundária à hipertensão arterial ou se seria uma expressão primária de uma predisposição genética.

           Estudos recentes identificaram de forma mais clara vários mecanismos fisiopatológicos envolvidos na hipertensão arterial, no entanto ainda não está claro quais fatores são iniciadores da hipertensão e quais são seus perpetuadores. "

Acessado em: 03 de agosto de 2010

           Interessante saber que estudos acerca da hipertensão estão sendo feitos, o que poderá ajudar a detectar mais fatores que podem causá-la e outros que podem agravar a situação. Isso diminuiria dúvidas, exposições e, certamente o cuidado com a saúde e o número de hipertensos, já que hoje esse número é bem elevado.  




Referencias Bibliográficas:
JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa e CARNEIRO, José -  Histologia Básica, 11ª edição - Rio de janeiro, Guanabara Koogan, 2008



Postado por: Catherine Zilá Ferreira.

Tecido adiposo, leptina e hipertensão

     Não é recente o conceito de que o excesso de tecido adiposo visceral está associado às complicações metabólicas envolvidas em mecanismos que levam à doença cardiovascular aterogênica e hipertensão arterial. Várias linhas de pesquisa têm mostrado o envolvimento do tecido adiposo na fisiopatologia da hipertensão arterial e suas complicações.

     As células adiposas são atualmente vistas também como estruturas dotadas de intensa atividade metabólica e endócrina. A leptina, por exemplo, através de seus efeitos no sistema nervoso simpático e função cardiovascular, mostra que o tecido adiposo participa do controle do apetite e do dispêndio energético.
     Além da leptina, podemos citar outras moléculas secretadas pelos adipócitos que estão envolvidas na regulação da homeostase circulatória e energética. O angiotensinogênio é outro exemplo, pois tem seus níveis séricos elevados durante a obesidade graças ao aumento de sua síntese pelos adipócitos, o que gera mais angiotensina II e elevação da pressão arterial.
     A obesidade, particularmente a visceral, é um problema sério de saúde pública e faz parte da síndrome cardiovascular metabólica, que caracteriza-se pela agregação de outros fatores de risco, que se associam com a morti-mortalidade cardiovascular.




     Encontrei um estudo que trata justamente do que foi abordado acima e que visa entender melhor os mecanismos que levam ao aparecimento de doenças cardiovasculares e da hipertensão em indivíduos com excesso de adiposidade visceral. Em seguida, abordarei os resultados.
     A leptina apresentou-se como assunto principal. Trata-se de um peptídeo produzido pelo tecido adiposo. Sua concentrção é, portanto, proporcional ao volume de células adiposas e aumentam em proporção a elevação do percentual de gordura corporal. Ela atua em centros hipotalâmicos, para controlar o apetite, a termogênese e o peso corporal.




     A administração de leptina nem sempre eleva os níveis de pressão arterial, apesar de aumentar a atividade simpática. Isso ocorre porque a leptina estimula a produção de óxido nítrico através de sua expressão nas células endoteliais, o que justifica também seu efeito vasodilatador a curto prazo. Essa ação vasodilatadora da leptina depende de diferentes mecanismos, passando por efeitos responsáveis pela liberação de óxido nítrico e pela liberação realizada pelo endotélio do fator hiperpolarizante, que se registra em vasos de resistência.
     A administração crônica de leptina em camundongos, para que sua concentração atingisse um nível compatível com os de portadores de obesidade severa, elevou significantemente a pressão arterial e a frequência cardíaca dos mesmos. Concluiu-se, então, que a infusão de leptina a curto prazo em animais não eleva a pressão arterial, contudo, a infusão de leptina a longo prazo tem efeito pressórico.
     Outros estudos já demonstraram que concentrações elevadas de insulina e leptina estimulam a atividade simpática em indivíduos obesos, elevando a pressão arterial e aumentando o risco de doença cardiovascular.
     Uma observação importante é que existe uma explicação aceitável para o aumento do risco de doença cardiovascular em indivíduos idosos e ela se dá pelo elevação da ligação entre leptina, insulina e atividade simpática. Conclui-se, portanto, que existe uma correlação significativa entre os níveis de leptina e a idade.




Referências: "Hipertensão e inflamação: papel da obesidade". Disponível em: departamentos.cardiol.br/dha/revista/14-4/07-obesidade.pdf. Acessado em: 21 de julho de 2010.


"A Participação do Tecido Adiposo Visceral na Gênese da Hipertensão e Doença Cardiovascular Aterogênica. Um Conceito Emergente". Disponível em: scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2002000600012&script=sci_arttext&tlng=en. Acessado em: 21 de julho de 2010.










Postado por: Luciana Missagia.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Estado nutricional alterado e sua influência no quadro de hipertensão.

    
      Encontrei mais uma pesquisa relacionada à hipertensão. Ela trata da influência de um estado nutricional alterado no perfil lipídico e nos hábitos de vida de uma população de 131 idosos hipertensos. Para tal pesquisa, foram realizados entrevistas, avaliações bioquímicas e antropométricas. 
     Com os dados recolhidos, chegou-se a conclusão que 74,8% dos entrevistados eram sedentários e14,7% e 11,8% foi a frequência de sobrepeso em homens e mulheres, respectivamente. Na análise da Relação Cintura-Quadril, observou-se que 76,3% das mulheres e 26,5% dos homens apresentavam valores acima do recomendado. Para Cincunferência da Cintura, 95,9% das mulheres e 26,5% dos homens mostraram risco elevado. A circunferência abdominal de 95,9% das mulheres e 38,2% dos homens apresentou valores indicativos de risco.




     Cabe lembrar que em todo mundo a população idosa vem aumentando e à medida que a população envelhece, o risco de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) também aumenta consideravelmente. Fatores como o aumento das taxas de sobrepeso associadas às alterações dos estilos de vida e ao envelhecimento da população estão associados com o aumento da incidência de HAS e também de outras patologias, como a Diabetes Mellitus tipo 2.
      A relação entre o aumento da índice de portares de HAS com o envelhecimento faz mais sentido quando levamos em conta que com o passar da idade, o organismo fica sujeito a alterações funcionais e anatômicas, como o aumento do percentual de gordura corporal com o acúmulo de gordura principalmente na região abdominal, diminuição da elasticidade e do tecido muscular e também perda de água corporal.
     A referida pesquisa objetivou verificar a frequência de obesidade central e generalizada e sua associação com o perfil lipídico e hábitos de vida em um grupo de idosos hipertensos cadastrados no sistema HiperDia, atendidos na unidade do SMS do Município de Campina Grande, no Estado da Paraíba. Este programa é a principal estratégia do Ministério da Saúde para combater a epidemia de HAS e Diabetes Mellitus. Ele permite o monitoramento e a dispensação e também distribuição de medicamentos a todos os pacientes cadastrados.
     Entre os dados recolhidos na pesquisa estavam àqueles relativos às avaliações bioquímicas do perfil lipídico e glicemia realizados por um profissional farmacêutico bioquímico.
     Em relação à patologia apresentada, 73,4% dos pacientes eram exclusivamente hipertensos, 26,5% deles eram diabéticos e hipertensos e nenhum deles era só diabético.
     Também observou-se ao analisar os hábitos de vida que apesar das baixas frequências de tabagismo (5,3%) e etilismo (1,5%), a população estudada era em sua maioria sendentária (75,8%), acima da média nacional (71,3%).
     Levando em consideração que o sedentarismo é um fator de risco cardiovascular mesmo quando não relacionado a alterações no estado nutricional, demonstrou-se um risco adicional em toda a população exposta. Já em relação ao estado nutricional em si, verificou-se que 57,5% dos idosos apresentavam sobrepeso e obesidade.
    Com os resultados encontrados, fortaleceu-se a hipótese de que, com o envelhecimento, algumas doenças características da fase, como a HAS, são potencializadas na presença de obesidade e péssimos hábitos de vida, como o sedentarismo.
     Demonstrou-se então a importância da combinação do exame de perfil lipídico com a avaliação antropométrica, pois sua associação melhora a estratificação de risco cardiovascular futuro. Isso pode ser comprovado pelo fato de muitos indivíduos apresentarem valores adequados de colesterol total, mas mesmo assim estavam em risco devido ao padrão central de distribuição de gordura corporal.
    Os pesquisadores recomendam, por fim, que sejam implantados programas de orientação nutricional e de prática de atividade física supervisionadas.



 



Referências: "Marcadores de risco cardiovascular bioquímicos e antropométricos em idosos hipertensos e predominantemente saudáveis, sedentários e praticantes de atividade física." Disponível em: bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimplificado/tde_arquivos/23/TDE-2009-12-14T074156Z-2354/Publico/AsdrubalNMN.pdf. Acessado em 21 de julho de 2010.




Postado por: Luciana Missagia.