domingo, 15 de agosto de 2010

Pacientes e Médicos: Relacionamento Difícil


     Acredite se quiser: apenas 10% dos brasileiros segue a orientação médica no tratamento de hipertensão!
     Em uma pesquisa feita em São Paulo, entre os anos de 2008 e 2009, relatou-se que há uma enorme dificuldade de relacionamento entre médicos e pacientes, o que resulta em uma maior resistência por parte do paciente hipertenso na criação de novo hábitos de vida.
     As péssimas consequências da hipertensão arterial já foram relatadas ao longo do blog, e como todos sabem, elas podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham-se em tratamento. Porém, a adesão ao tratamento quando a doença é descoberta mostra-se como um dos grandes desafios da medicina, visto que o problema tem início na consulta médica e vai até a mudança no estilo de vida do paciente.


     Na pesquisa, 76% dos entrevistados afirmou que estava insatisfeito com o atendimento médico e procurou outro especialista, 30% afirmou que o especialista deu toda a atenção necessária e 37% se diz satisfeita com o trabalho dos médicos. Segundo o conselheiro da Sociedade Brasileira de Hipertensão e chefe da Unidade de Hipertensão do HC-FMUSP, Dr. Décio Mion, a relação entre o médico e o paciente ainda não tem total interação, pois os hipertensos se sentem isolados devido à essa distância no relacionamento e acabam desistindo do tratamento. 


Partindo desse quisito, os percentuais foram: 79% afirmaram que gostariam de ter uma melhor interação com o médico, 84% gostaria de receber mais informações sobre a doença e 91% gostaria que o médico entrasse em contato no perído pós-consulta.
     Além disso, grande parte dos entrevistados, representados por um percentual de 89%, considera os remédios muito caros e 54% revelou que não se sente bem com os medicamentos prescritos pelos médicos devido aos efeitos colaterais. Com isso, fatores como a negligência no processo do diagnóstico da hipertensão arterial, na orientação médica do tratamento e no uso efetivo dos medicamentos acabam culminando em fatalidades, que segundo o Ministério da Sáude, chegaram a 900 mil no ano de 2008; principalmente pelo fato de essa doença ser silenciosa e não apresentar sintomas imediatos e evidentes. 
     Por isso não espere a doença te atacar para se consultar periodicamente e adquirir hábitos saudáveis na sua vida, esteja sempre atento às mudanças no seu organismo e busque cada vez mais maneiras de estar bem físico e mentalmente!


Referência Bibliográfica:


  • "Dificuldades enfrentadas pela medicina". Disponível em: http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7893&catid=3%3Aportal&Itemid=1. Acessado em 15 de agosto de 2010.


Postado por: Larissa Figueiredo

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