quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Tratamento da Hipertensão - Fármacos


      Para tratar a hipertensão é imprescindível que haja uma mudança nos hábitos de vida, com a incorporação de exercícios físicos, uma alimentação mais adequada, diminuição do consumo de sal... Porém, o tratamento com fármacos pode ser necessário. Pesquisando a respeito, vi que os medicamentos para hipertensão são divididos em seis classes principais: diuréticos, inibidores adrenérgicos, vasodilatadores diretos, inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), bloqueadores dos canais de cálcio e antagonistas do receptor AT2 da angiotensina II. Contudo, a monoterapia inicial só é eficaz em 40 a 50% dos casos, portanto a combinação de fármacos é com frequência utilizada. Cabe também lembrar que esses medicamentos são vendidos sob prescrição médica e, ao prescrevê-los, os médicos devem levar em consideração a idade, o sexo, etnia do paciente, a presença de outras doenças (como diabetes e valores elevados de colesterol) e o preço dos remédios. Além disso, também é importante levar em consideração os efeitos colaterais dos medicamentos prescritos, afinal a ocorrência desses é um importante fator de limitação a aderência do tratamento pelo paciente.




     A seguir, apresentarei os medicamentos mais frequentemente utilizados:


    1. Diuréticos: apresentam-se em diferentes tipos (tiazídicos; poupadores de potássio; de alça). De maneira geral, sua ação está relacionada com o aumento da eliminação de água e sódio, diminuindo a pressão sanguínea.
     Tiazídicos: Habitualmente usada em monoterapia, é a primeira opção de tratamento mais frequente, sendo mais eficiente em pacientes negros. Atualmente, é recomendado que se administre a dose mínima, já que doses maiores levam à ocorrência de distúrbios metabólicos sem que haja um aumento na eficiência do fármaco.
      De alça: Não são potentes hipotensores para as formas leve e moderada. Só devem ser usados em situações especiais, como estados edematosos ou em emergências hipertensivas.
      Poupadores de potássio: são poucos usados por não serem potentes hipotensores. Usado normalmente em associação com outros diuréticos.


     2. Bloqueadores dos canais de cálcio: Ação inibidora do influxo de Ca na célula muscular lisa, por bloqueiro competitivo com o Ca+. Desta forma, os músculos dos vasos sanguíneos cardíacos tornam-se mais relaxados e a pressão sanguínea decresce. São vasodilatadores de primeira escolha no tratamento da hipertensão arterial sistêmica. São indicados para o tratamento de indivíduos idosos. Não causam retenção de sódio e não possuem efeitos nocivos à função renal. Também não afetam o metabolismo lipídico e glicídico.


    3. Betabloqueadores: (atualmente os menos utilizados no tratamento da hipertensão). Agem no sistema nervoso simpático, que é geralmente responsável pela reação ao estresse ou à atividade física.
Em decorrência do bloqueio beta-simpático, há redução do tônus simpático por menor liberação de noradrenalina na fenda sináptica. Reduzem também a liberação de renina, diminuem o débito cardíaco, modulam a regulação da pressão arterial, etc. Há inclusive um decréscimo no consumo de oxigênio miocárdico pela diminuição da frequência cardíaca. Sua atuação envolve também a redução do aumento da pressão arterial induzida pelo exercício físico.


    4. Inibidores da enzima conversora da angiotensina: Há uma menor formação de angiotensina II, potente vasoconstrictor e estimulador da aldosterona.


    5. Bloqueadores AT1: são absolutamente contra-indicados na gravidez.
"Bloqueio dos receptores AT1 da angiotensina II, inibindo a ação do eixo da renina. O mensageiro final do eixo renina-angiotensina é a angiotensina II, que ligando-se ao receptor AT1 causa vasoconstricção e retenção hídrica, ambos levando ao aumento da pressão arterial. O bloqueio do receptor AT1 resulta na redução da pressão arterial e nos efeitos benéficos na ICC. Portanto os efeitos são similares aos inibidores da enzima conversora, com as vantagens de não atuar sobre a bradicinina e de atuar sobre o ponto final do eixo renina angiotensina, e portanto sobre a angiotensina II resultante das vias não dependentes da enzima conversora."





Referências: www.criasaude.com.br/N2073/doencas/hipertensao/tratamento-hipertensao.html
http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cronicas/dcnt_hiper.htm
http://www.manuaisdecardiologia.med.br/has/has_Page1487.htm
http://www.bancodesaude.com.br/hipertensao-arterial/tratamento-hipertensao




Postado por: Luciana Missagia.

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